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Presidente do Inep diz que 'uma instituição' vazou dados do Enem

'Uma instituição tornou público o link', afirmou José Joaquim Soares Neto.
Segundo ele, imediatamente o Inep suspendeu o acesso ao sistema.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), José Joaquim Soares Neto, afirmou que "uma instituição" tornou públicos as informações sigilosas de estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

"Os dados eram tornados acessíveis para as instituições para fazerem uso nos processos seletivos através do cadastramento e de uma senha. Uma instituição tornou público o link e imediatamente nós suspendemos o acesso. Atualmente, ninguém tem acesso a esses arquivos, de tal forma que esses dados não ficaram numa lista aberta, não teve nenhum tipo de lista na internet", afirmou Soares Neto em entrevista ao Jornal Hoje.

Segundo ele, "de forma alguma" o vazamento compromete o resultado das provas nem a credibilidade do exame nacional. "O Enem é um grande avanço da democratização das vagas públicas no país. Hoje, qualquer estudante pode almejar vagas públicas em qualquer lugar do país. Isso é um grande avanço, e eu não vejo nenhum retrocesso em relação a isso", afirmou o presidente do Inep.

Nesta quarta, Soares Neto, já havia anunciado que o Inep vai rastrear os arquivos para tentar identificar o responsável pelo vazamento de informações sigilosas dos estudantes inscritos Enem, que é responsável pela organização da prova.

Os dados disponíveis no site eram de estudantes inscritos nos exames de 2007, 2008 e 2009. Foram exibidas informações como nome, RG, CPF, notas e número da matrícula, que deveriam ser mantidas em sigilo.

"A senha é dada às 231 instituições que as utilizam para os seus processos seletivos. Elas entravam no sistema e pegavam os dados cadastrais. A instituição tinha o compromisso de ter o dado reservado. Vamos fazer um rastreamento de todas as instituições que acessaram os dados para ver que melhor atitude administrativa vamos tomar", disse o presidente do Inep.

Segundo Soares Neto, haverá uma auditoria para apurar responsabilidades e os dados estarão bloqueados para a universidades até o resultado da investigação. "Arquivos estarão inacessíveis enquanto esta auditoria durar. Esperamos até o final da semana que os dados estejam novamente acessíveis às universidades via senha", afirmou.

Ainda de acordo com o presidente do Inep, as informações eram reservadas e não sigilosas. "Os dados já tinham sido divulgados às instituições. Não eram dados sigilosos, eram dados reservados".

Mais cedo, o Inep divulgou uma nota informando que os dados dos inscritos, armazenados no banco do instituto, eram colocados numa "área reservada do site, com endereço específico, e liberados para as Instituições de Ensino Superior (IES) e Secretarias de Educação que solicitassem para utilização nos seus processos seletivos. Essas instituições se comprometiam a não divulgar os dados e teriam acesso mediante usuário e senha."

Ainda de acordo com a nota, tão logo informado que o endereço em área reservada havia se tornado público, o Inep "fechou o endereço específico."

Para finalizar, a direção do Inep informou que "apura causas e responsabilidades que provocaram o ocorrido."

O Ministério da Educação (MEC) também já afirmou que vai apurar o que houve e já admite até a possibilidade de demissão dos responsáveis. Segundo o Inep, a falha não compromete o resultado das três últimas edições do exame.

No ano passado, o MEC cancelou provas do Enem depois que os exames foram roubados de dentro da gráfica responsável pela impressão do material.

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